24 junho, 2007

A actualidade

Ando realmente um pouco com a cabeça à roda com tanta coisa que vai acontecendo na realidade portuguesa, da qual vou tendo contacto através dos media e dos novos media.Não me refiro à sensação de "barata tonta", mas a velha questão de saber onde estamos e para onde vamos. E ao contrário de muita gente que pensa que viver é tratar "das nossas coisinhas e da nossa vidinha", para mim é muito importante o sentido, o rumo que toma a humanidade, a que está perto e a que está longe de mim.
Portugal e os portugueses fazem parte desse todo que é a humanidade e não vive isolado.
A sensação de tontura tem muito a ver também com a quantidade de informação que vou tendo e à qual quero, mas não consigo dar resposta, seja por escrito neste espaço e noutros do mesmo teor, seja no contacto diário com gente de carne e osso, seja na acção.
Podia, então, debitar aqui uma lista de assuntos e temas, uns mais objectivos outros nem tanto para pôr à discussão de quem aqui vem espreitar ou mesmo estar, mas ... na realidade não é isso que quero, porque em última análise parece-me que vamos sempre parar ao mesmo lugar, isto é, à limitação que é o domínio da economia ( talvez a expressão não seja esta, mas não sou perita) sobre tudo o resto.
E isto deixa-me sempre com a sensação de impotência, própria do grãozinho de areia que sou na engrenagem global.
Por isso a música é tão importante para mim.

3 comentários:

  1. Para descontrair, que tal isto: http://www.youtube.com/watch?v=-XQpRh5R7QA&mode=related&search=

    :)

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  2. Obrigada pela oferta! Soube-me mesmo bem, pois abri-a depois de 6 horas seguidas de reuniões de avaliação.
    Já não me lembrava, nem da música nem do músico.

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  3. "E isto deixa-me sempre com a sensação de impotência, própria do grãozinho de areia que sou na engrenagem global."

    Isto diz tudo. O problema não me parece que seja esse. O problema é a dignidade desse grãozinho de areia. Em termos ecológicos cada grâozinho é elemento estruturante de toda a diversidade, o que importa aqui é exactamente o papel da unidade no seu todo. E o papel unitário aqui és tu, somos todos, somos cada um por si e todos por todos. O que estás a sentir é o que sente a cigarra, e a formiga não liga, nesse conto inenarrável que serviu de experiência ao nosso estado novo.
    Tens que perceber que o teu papel é único e o dos outros também.
    Essencialmente não há respostas para nada, o que pode parecer paradoxal é que sem tentar responder não se formulam mais perguntas, isso é que não pode acabar.
    Não deixes nunca de perguntar
    E de viver
    E de ti

    beijo

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