A última parte de uma entrevista a dois jovens ingleses, socialmente interventivos. Muito novos mas que sabem o que dizem.
Vale a pena ler hoje no Público esta entrevista e todo o artigo sobre os motins em Inglaterra.
O que é que Cameron devia fazer?
Amena Amer: Abrir os olhos. E perceber de onde vêm estas pessoas, a discriminação que sentem na polícia e no Estado há anos e a falta de oportunidades por serem de determinada minoria. Se só tentarmos restaurar a ordem sem abordar isto, ficamos sem capacidade para prever o quão pior será da próxima vez.
Symeon Brown: Mais segurança nas ruas é importante. Mas a seguir é preciso perceber a criminalidade juvenil. É preciso falar de cidadania e de identidade e por que há algumas pessoas que se identificam com a comunidade e outras não. Há esta ideia de que estão a incendiar as sua próprias comunidades, mas será que as sentem como suas? Porque é que achamos isso, quando tivemos Thatcher a dizer que não há sociedade, apenas indivíduos e as suas família? Claramente há muito a fazer, mas não acredito que exista vontade para fazer esse debate.
14 agosto, 2011
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"não acredito que exista vontade para fazer esse debate."
ResponderEliminarEu tentei, postei sobre letras da musica RAP
(quase ninguém comentou, acho que as pessoas estão mais viradas, para grandes filosofices e grandes tiradas...)
O que me parece Rogério, é que quase todas as pessoas acreditam que tudo se há-de resolver naturalmente. Acredito até que é o que se está a passar em Inglaterra.
ResponderEliminarSó que se começarmos a somar tudo o que está a acontecer, sem esquecer aquilo que chamam a primavera Árabe, nada se vai resolver pela inércia!
o problema desta geração é que náo há identidade. os pais desta geração inglesa são ainda crianças que acham que tèm todo o direito a deixar os filhos à "solta" porque têm direit oa irem ao pub, e embebedarem-se without notice. Vide o caso M Cann. Paga-se e prontos, on-line is easier.
ResponderEliminarO resultado é um sem número de filhos que não podem ir a lado nenhum porque não os deixam, não podem sequer entrar mas assistem a outro sem número de gente que pode tudo e ainda assim nem se lembra do que se passou na noite passada. Basta então partir o vidro de uma montra...