29 abril, 2018
Rachmaninoff - Symphony No 2 in E minor, Op 27 - Adagio
Podem ver e ouvir a Sinfonia toda, mas marquei o vídeo para iniciar no 3º andamento, no Adágio.
Ouvi-o ontem no Mezzo e o meu cérebro passou a noite a ouvi-lo enquanto dormia.
Realmente infiltra-se. Mas vale a pena ouvir a sinfonia toda.
Etiquetas:
Música.,
Rachmaninoff,
Sinfonia nº2 - Adágio
25 abril, 2018
25 de ABRIL SEMPRE
Sem nenhuma ideologia por trás do título, a não ser aquela que defende a LIBERDADE, a CIDADANIA, enfim os DIREITOS HUMANOS!
Talvez por isso se celebra A Revolução dos Cravos com as Canções de Intervenção.
Neste caso, na minha escola, com os colegas, uma canção do Zeca Afonso, "Traz Outro Amigo Também", no intervalo grande, para os colegas (poupo-vos o áudio)!
Os alunos também têm sido incluídos nesta celebração, na sala de aula, em várias disciplinas. Nos últimos dias ouve-se cantar a Grândola, vêem-se vídeos, fotografias, contam-se histórias, fazem-se retratos e muito mais.
Etiquetas:
25 de Abril,
Cidadania,
Direitos Humanos,
escola - a minha.,
José Afonso,
Liberdade
19 abril, 2018
" A educação não pode ignorar a curiosidade das crianças", diz Edgar Morin
Post repescado do VoxNostra, um blogue colectivo que está ainda online mas parado.
Continua actual, senão mais actual ainda!
RIO - O antropólogo, sociólogo e filósofo Edgar Morin fará uma das quatro conferências magnas do encontro internacional Educação 360, promovido por O GLOBO e "Extra" em parceria com Sesc e da Prefeitura do Rio, com apoio do Canal Futura. O evento acontece dias 5 e 6 de setembro, na Escola Sesc do Ensino Médio, em Jacarepaguá. Nesta entrevista, Morin critica o modelo ocidental de ensino e diz que o professor tem uma missão social, por isso, segundo ele, “é preciso educar os educadores”.
O que é a transdisciplinaridade, que defende a unidade do conhecimento?
A literatura e as artes deveriam ocupar mais espaço no currículo das escolas? Por quê?
In O Globo , entrevista por Andrea Range em 17/08/2014
Continua actual, senão mais actual ainda!
RIO - O antropólogo, sociólogo e filósofo Edgar Morin fará uma das quatro conferências magnas do encontro internacional Educação 360, promovido por O GLOBO e "Extra" em parceria com Sesc e da Prefeitura do Rio, com apoio do Canal Futura. O evento acontece dias 5 e 6 de setembro, na Escola Sesc do Ensino Médio, em Jacarepaguá. Nesta entrevista, Morin critica o modelo ocidental de ensino e diz que o professor tem uma missão social, por isso, segundo ele, “é preciso educar os educadores”.
Na sua opinião, como seria o modelo ideal de educação?
A figura do professor é determinante para a consolidação de um modelo “ideal” de educação. Através da Internet, os alunos podem ter acesso a todo o tipo de conhecimento sem a presença de um professor. Então eu pergunto, o que faz necessária a presença de um professor? Ele deve ser o regente da orquestra, observar o fluxo desses conhecimentos e elucidar as dúvidas dos alunos. Por exemplo, quando um professor passa uma lição a um aluno, que vai buscar uma resposta na Internet, ele deve posteriormente corrigir os erros cometidos, criticar o conteúdo pesquisado. É preciso desenvolver o senso crítico dos alunos. O papel do professor precisa passar por uma transformação, já que a criança não aprende apenas com os amigos, a família, a escola. Outro ponto importante: é necessário criar meios de transmissão do conhecimento a serviço da curiosidade dos alunos. O modelo de educação, sobretudo, não pode ignorar a curiosidade das crianças.
Quais são os maiores problemas do modelo de ensino atual?
O modelo de ensino que foi instituído nos países ocidentais é aquele que separa os conhecimentos artificialmente através das disciplinas. E não é o que vemos na natureza. No caso de animais e vegetais, vamos notar que todos os conhecimentos são interligados. E a escola não ensina o que é o conhecimento, ele é apenas transmitido pelos educadores, o que é um reducionismo. O conhecimento complexo evita o erro, que é cometido, por exemplo, quando um aluno escolhe mal a sua carreira. Por isso eu digo que a educação precisa fornecer subsídios ao ser humano, que precisa lutar contra o erro e a ilusão.
O senhor pode explicar melhor esse conceito de conhecimento?Vamos pensar em um conhecimento mais simples, a nossa percepção visual. Eu vejo as pessoas que estão comigo, essa visão é uma percepção da realidade, que é uma tradução de todos os estímulos que chegam à nossa retina. Por que essa visão é uma fotografia? As pessoas que estão longe, são pequenas, e vice-versa. E essa visão é reconstruída de forma a reconhecermos essa alteração da realidade, já que todas as pessoas apresentam um tamanho similar. Todo conhecimento é uma tradução, que é seguido de uma reconstrução, e ambos os processos oferecem o risco do erro. Existe um outro ponto vital que não é abordado pelo ensino: a compreensão humana. O grande problema da Humanidade é que todos nós somos idênticos e diferentes, e precisamos lidar com essas duas ideias que não são compatíveis. A crise no ensino surge por conta da ausência dessas matérias que são importantes ao viver. Ensinamos apenas o aluno a ser um indivíduo adaptado à sociedade, mas ele também precisa se adaptar aos fatos e a si mesmo.
O que é a transdisciplinaridade, que defende a unidade do conhecimento?
As disciplinas fechadas impedem a compreensão dos problemas do mundo. A transdisciplinaridade, na minha opinião, é o que possibilita, através das disciplinas, a transmissão de uma visão de mundo mais complexa. O meu livro “O homem e a morte” é tipicamente transdisciplinar, pois busco entender as diferentes reações humanas diante da morte através dos conhecimentos da pré-história, da psicologia, da religião. Eu precisei fazer uma viagem por todas as doenças sociais e humanas, e recorri aos saberes de áreas do conhecimento, como psicanálise e biologia.
Como a associação entre a razão e a afetividade pode ser aplicada no sistema educacional?
É preciso estabelecer um jogo dialético entre razão e emoção. Descobriu-se que a razão pura não existe. Um matemático precisa ter paixão pela matemática. Não podemos abandonar a razão, o sentimento deve ser submetido a um controle racional. O economista, muitas das vezes, só trabalha através do cálculo, que é um complemento cego ao sentimento humano. Ao não levar em consideração as emoções dos seres humanos, um economista opera apenas cálculos cegos. Essa postura explica em boa parte a crise econômica que a Europa está vivendo atualmente.
A literatura e as artes deveriam ocupar mais espaço no currículo das escolas? Por quê?
Para se conhecer o ser humano, é preciso estudar áreas do conhecimento como as ciências sociais, a biologia, a psicologia. Mas a literatura e as artes também são um meio de conhecimento. Os romances retratam o indivíduo na sociedade, seja por meio de Balzac ou Dostoiévski, e transmitem conhecimentos sobre sentimentos, paixões e contradições humanas. A poesia é também importante, nos ajuda a reconhecer e a viver a qualidade poética da vida. As grandes obras de arte, como a música de Beethoven, desenvolvem em nós um sentimento vital, que é a emoção estética, que nos possibilita reconhecer a beleza, a bondade e a harmonia. Literatura e artes não podem ser tratadas no currículo escolar como conhecimento secundário.
Qual a sua opinião sobre o sistema brasileiro de ensino?
O Brasil é um país extremamente aberto a minhas ideias pedagógicas. Mas a revolução do seu sistema educacional vai passar pela reforma na formação dos seus educadores. É preciso educar os educadores. Os professores precisam sair de suas disciplinas para dialogar com outros campos de conhecimento. E essa evolução ainda não aconteceu. O professor possui uma missão social, e tanto a opinião pública como o cidadão precisam ter a consciência dessa missão.
In O Globo , entrevista por Andrea Range em 17/08/2014
Etiquetas:
Curiosidade,
Edgar Morin,
Educação
07 abril, 2018
David Bueno explica cómo cambia nuestro cerebro al aprender.
Uma conversa absolutamente imperdível e altamente interessante e esclarecedora.
A Neurociência ao serviço da Educação, num discurso límpido e directo.
Se activarem as legendas em Espanhol, sem serem automáticas, percebe-se melhor.
Etiquetas:
Aprendizagem,
Cérebro,
David Bueno,
Educação,
Inteligência.,
Neurociências
02 abril, 2018
Os mundos da ansiedade
Publicado ontem no Público, escrito por
JOSÉ PEDRO MONTEIRO e
MIGUEL BANDEIRA JERÓNIMO
Destaco a conclusão, mas acho que vale a pena ler tudo.
"Todos os episódios aqui elencados podem ser vistos como manifestações de problemas globais. Não se reduzem a geografias concretas. Não são propriedade de sociedades ou “culturas” específicas. São resultado de múltiplos factores históricos, muitos deles associados às múltiplas globalizações que desde há muito originaram o encontro da diferença e as ansiedades e receios deste resultantes. Nascem do estereótipo e do rumor. Decorrem de simplificações de vária ordem, da redução de problemas a explicações mono causais ou da sua claríssima manipulação interesseira. Promovem “soluções” que frequentemente ampliam o problema que declaram resolver. É obrigatório descodificar os seus usos mais grosseiros e perniciosos."
JOSÉ PEDRO MONTEIRO e
MIGUEL BANDEIRA JERÓNIMO
Destaco a conclusão, mas acho que vale a pena ler tudo.
"Todos os episódios aqui elencados podem ser vistos como manifestações de problemas globais. Não se reduzem a geografias concretas. Não são propriedade de sociedades ou “culturas” específicas. São resultado de múltiplos factores históricos, muitos deles associados às múltiplas globalizações que desde há muito originaram o encontro da diferença e as ansiedades e receios deste resultantes. Nascem do estereótipo e do rumor. Decorrem de simplificações de vária ordem, da redução de problemas a explicações mono causais ou da sua claríssima manipulação interesseira. Promovem “soluções” que frequentemente ampliam o problema que declaram resolver. É obrigatório descodificar os seus usos mais grosseiros e perniciosos."
Etiquetas:
Ansiedade,
Medo,
Público,
Série Histórias do Presente.
Subscrever:
Mensagens (Atom)